segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As Maravilhas da Cama Compartilhada

Por aqui, não seguimos exclusivamente a prática da cama compartilhada. Seguimos a prática do coração. Agimos, primeiro, de acordo com o dia da gordinha e decidimos o que será melhor naquele momento.

Nos últimos dias, temos dormido os três juntinhos, já que Manu anda meio enjoadinha ao dormir. Provável efeito da coriza e da tosse.

Nesta noite não foi diferente. Tudo indo muito bem, apesar dos pés no rosto e dos tapas que, inevitavelmente, aconteciam.

Três horas da manhã, ela começou a mexer-se mais até abrir os olhos - mas só pela metade! Olhou o pai, me olhou e, bêbada de sono, sorriu!

Lindo, né? Mas não parou por aí:

Agarrou meu rosto com força e encheu-me de beijos. Por todos os lados! Satisfeita, voltou pro soninho.

Quase morri de tanto amor.

Viva a cama compartilhada! Viva a semana que, só por isso, já começou bem demais!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Novos Hábitos

Sexta-feira, comecei, em casa mesmo, um curso que durará cerca de um ano e meio. Uma vez por semana, das 19:30 às 21 horas, ficarei ausente, desligada da família, no meu quarto.

Como já contei por aqui, passamos eu e Manuela o dia inteiro grudadas e eu não sei comi agir longe dela. Fato que, diga-se de passagem, é bastante raro por aqui. Apenas deixo a gordinha, por algumas poucas horas, com minha mãe em caso de necessidade. 

Além de querer ter um tempo para produzir, achei que seria importante para nós duas resgatarmos um pouco de nossa individualidade. Aos poucos, em doses homeopáticas, precisamos cortar o cordão.

Marido tem total competência para ficar com ela. Sabe exatamente o que tem de fazer e eu não me preocuparia com isso. Aliás, importante também para ele criar confiança e descobrir, de uma vez por todas, que é tão capaz quanto eu de cuidar de nossa filha. Ele tem receio em fazer as coisas sozinho, sempre pede que eu o supervisione e me pergunta o passo-a-passo de tudo.

Acho importante dizer que, entre todos os muito defeitos que eu tenho, ser mandona não é um deles. Eu não quero que ele faça as coisas do mesmo jeito que eu. Quero que, dentro de uma razoabilidade (claro!), ele encontre a sua maneira de cuidar da Manu, que, de repente, pode ser melhor que a minha. Por que, não?

A minha única exigência é que para coisas mais complicadas eu esteja por perto na primeira tentativa. Por exemplo, há tempos que eu venho falando para ele tomar banho com a gordinha, coisa que já faço há meses. Mas é complicado. O box é pequeno, o corpo fica escorregadio e a falta de prática tende a jogar contra nessas horas. Mas eu queria que ele fizesse. 

Domingo, ele decidiu que, enfim, tomaria banho com ela. Fiquei ao seu lado, ajudando-o quando necessário. Tirando a falta de prática, ele desempenhou muito bem a tarefa. Ainda não tem confiança para fazê-lo sozinho, mas, com o tempo, tenho certeza de que criará esta coragem.

Pois bem. Voltemos à sexta.

Marido chegou do trabalho e eu deixei as coisas bastante mastigadas, para que não houvesse choque! Preparei-a para jantar e, na hora H, pedi para que assumisse o controle. 

Confesso que no início foi difícil encontrar concentração. Ouvia o marido tentando dar sua comida e Manu resmungando, certamente, fugindo do prato. Não vou mentir que a minha vontade era de ir lá. Não por achar que ele não fizesse certo, mas pelo hábito de assumir a responsabilidade, de enfrentar os problemas.

Respirei fundo e, como num mantra, repeti:

- Ela está com o pai. Ela não precisa de mim. Será importante para nós.

Aos poucos, fui entrando no clima e curtindo bastante os novos aprendizados. Vez ou outra, escutava seus "mamas" resmunguentos. Fui forte!

A parte mais difícil foi ouvi-la engatinhando em direção ao quarto e parar na porta me chamando. Doeu mas passou.

Nós três sobrevivemos com louvor. Quando a aula acabou, saí do quarto como se estivéssemos o dia todo distantes. Foi bom também vê-la com saudade, enchendo-me de beijos e dengos.

Sinto que, desta forma, será mais fácil para todos nós, já que ano que vem, ela irá à escolinha e eu voltarei à labuta.

Fazendo bagunça

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Meu Drama Bimestral

Para variar, mais um lenga-lenga sobre o peso da Manu (vejam aqui, aqui, aqui e aqui).

Eis que o ganho de peso por aqui virou bimestral! Mês-sim, mês não, ela resolve não engordar. Simples assim!

Ontem foi dia de pediatra e a minha expectativa estava lá em cima. Doida para colocá-la sobre a balança e ver os números enlouquecerem! Eu estava realmente tensa!

Pois bem! Imaginem vocês qual foi a minha cara ao ver que em trinta dias ela só ganhou vinte gramas. Ou melhor: que ela não ganhou peso algum. Afinal, vinte gramas é menos de um cocô, né não!!!!

cri cri...Cara de Caneca...cri cri...

Por favor! Onde vão parar todas as calorias que ela ingere? Ela é um saco sem fundo? Seu estômago abriga um buraco negro? Porque não é possível que ela gaste todas nas suas (muitas, é verdade!) bagunças! Não é possível porque ela come muito-bem-obrigada. São esporádicas as refeições que ela rejeita.

Ela almoça bem, janta bem e come todas as frutas que lhe são oferecidas. Querem ver? Vamos à rotina da não-gordinha:

1) Quando acorda, lá pelas 8:30 da manhã, mama entre 180 e 210ml de leite.
2) Duas horas depois, às 10:30, come uma papinha com, pelo menos, duas frutinhas. Outro dia, misturei            banana (nem enooorme nem micro) com pera (as duas frutas inteiras!) e a danada comeu tu-di-nho! Ela        sempre come bem!
3) Meio-dia ela almoça bem. Muitos legumes, verduras, carne, feijão e macarrão/arroz.
4) Mais tarde, come mais uma fruta. Normalmente, dou manga ou abacate nesta hora e um biscoito de             maisena.
5) Depois, mais uma mamadeira com 150 ml.
6) Às 18:30, ela janta e antes de dormir, mama de novo!

É pouco, minha gente???? Isso sem contar com o Redoxon, Neutrofer e Kaliamon, né?

A pediatra conversou bastante comigo. Vendo minha cara de decepção, disse que é comum isso acontecer e que o desenvolvimento da Manu segue perfeito. Ela é esperta, ativa e não tem nenhum sinal de má alimentação.

Nunca ficou realmente doente (apenas um princípio de resfriado sem febre que eu contei aqui), só ficou febril uma vez - por conta da reação da (detestável!) Pentavalente -, nunca teve infecções ou assaduras, sua hérnia umbilical já sumiu e cresceu dois centímetros!! Ou seja: ela é super saudável.

Juro que não tenho necessidade de vê-la gordinha. Sei que isso não quer dizer nada. Mas quero vê-la bem e ter a certeza de que estou fazendo tudo certo. É difícil entender que é a natureza dela. O caminho mais fácil é culpar-me e acreditar que há um problema, que eu estou errando.

Para tranquilizar-me, a doutora disse que caso ela não engorde neste mês, fará um exame de urina.Disse ela que será apenas para provar-me que não há nada de errado com a Manu. Há alguns meses, ela fez o exame de urina e, de fato, deu normalíssimo.

Levamos muito a sério a alimentação da Manu e assim continuará neste mês. Marido, minha mãe e meu pai também estão falando que eu preciso relaxar e dando-me confiança para acreditar que está, sim, tudo bem!

O jeito é respeitar a natureza modelete da minha baixinha e aguardar os próximos acontecimentos...

Lindinha nas lentes de Ana Cantarini

Gostosinha andando com papai. Linda foto de Bruna Mello

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A madrinha sou eu, mas quem batiza é ela!

Aí sua filha vai fazer um ano e você, ingênua, tem certeza que viveu quase todas as histórias escatológicas possíveis para esta fase.

Logo de cara, na sua primeira ida ao shopping, Manu fez cocô no chão de uma loja. Lindo assim! E não era pouco, não! Eu e minha mãe choramos de rir até hoje quando nos lembramos do dia.

E não parou por aí. Teve cocô no colo da mamãe durante o lanche, cocô na fralda limpa, na cama, no chão, no dedo, no pé e até – acreditem! – na minha boca!

Aí nasce sua afilhada. Linda, uma princesa. Depois de um tempo dormindo no seu colo, ela acorda ranhetando. Minha irmã diz:

- É a fralda, tem de trocá-la.

E a pessoa aqui, sentindo-se A experiente e querendo ter o prazer de cuidar daquele pinguinho de gente, se encarrega de limpá-la.

Fomos ao quarto dela eu, minha irmã e minha mãe com Manu no colo. Todas as Barbosas, em procissão.

Comecei a limpá-la, cheia de carinho!

Mas acho que a Ciça não gostou, pois um belo jato de cocô sai daquele micro bumbumzinho em minha direção. Só deu tempo de pular pra trás.

Parecia aqueles bichos de colocar na banheira, que você enche de água e depois aperta, sabe? Foi bem daquele jeito.

Demos tanta gargalhada que Manu achou-se no direito de brigar conosco, com direito à cara de brava e grito de bronca.

Recompus-me e comecei a limpá-la, mais uma vez. E Cecília, não satisfeita, me batizou de novo.

Definitivamente, nosso pinguinho não queria que eu a trocasse. O meu consolo foi que, ao assumir a função, minha mãe também teve a honra do batismo.


Mas eu a amo muito mesmo assim, porque, por aqui, não basta ser tia e madrinha, tem de colocar a mão na massa e se sujar bem na primeira visita!


domingo, 11 de agosto de 2013

Porque eles merecem!

Com tantas coisas boas acontecendo, não poderia deixar de homenagear por aqui os homes da família. Grande parte desta felicidade deve-se a eles e seria cruel não dedicar-lhes um post.

Como o dia é dos pais, acho justo começar falando do meu paizinho.

Que delícia de pai que eu tenho. À primeira vista, sóbrio, elegante, calado. Mas quem o conhece mais a fundo sabe que sua grande característica é a emoção. Êta homem coração mole esse. Nunca, nunquinha vi igual.

Chora com Luciano Huck, Jornal Nacional, entrevista de jogador de futebol e até com Faustão. Bastam poucas palavras bonitas para que sua voz embargue e seus olhos assumam a coloração vermelho-tô-chorando, sabe?

E se chora assim com televisão, imaginem com as netas – suas duas preciosidades. Chora com um sorriso, com um sonzinho emitido ou com qualquer conquista alcançada por elas. Faz absolutamente qualquer coisa por suas duas princesas.

É um pai fantástico e nos surpreende a cada dia com mais amor. Mas, paizinho, acho que, no fundo, você nasceu mesmo é pra ser avô! Como ele curte a posição! Como ele honra o título de avô. É lindo de se ver. Minha gordinha é doida por ele! Arrisco dizer que ele rejuvenesceu com a chegada da Manu e da Cecília, que o encheram de vida.

Claro que brigamos. Muito pouco, mas brigamos. Somos dois bocões de gerações distintas que não largam o osso com facilidade. A gente quer dar a última palavra sempre. Mas nunca ficamos mais de uma tarde sem nos falarmos. Quando um excedeu, não demorou muito para um pedido de desculpas chegar. Com beijos e abraços, em pouco tempo tudo se resolve.

Ele é um amigão. Dá tudo de si para ver a nossa felicidade e eu tenho um baita orgulho dele. Muito mais do que imagina.

Quando engravidei, meu grande medo era de fazê-lo sentir vergonha de mim ou de decepcioná-lo. Mas a primeira lição que aprendi foi ele quem me deu. Quando, com um sorriso largo, recebeu a notícia de que seria avô, mostrou-me que seu amor por nós é infinito e que eu jamais estarei sozinha.

Te amo, paizinho. Obrigada, muito muito muito obrigada por tudo!

E por falar em amor, chegou a vez do marido!

Seu jeito calado e introspectivo não entra aqui em casa. É um pai amoroso, zeloso e muito descontraído.

Ele tem talento pra coisa, sabe? Apesar de não fazê-lo com frequência, troca lindamente uma fralda e cuida muito bem da princesinha. Ele se entrega, se doa e o amor que sente salta os olhos.

É meu companheirão e tenho certeza de que será o grande amigo da Manu, sabendo ouvi-la e respeitando sua personalidade.

Com ele, me sinto segura para seguir adiante e continuar a construção da nossa família.

Somos muito diferentes e, ao mesmo tempo, muito parecidos. Somos família, temos gostos parecidos e pensamentos que trilham os mesmo caminhos.

Mas ele é sério, eu não. Ele é extremamente comprometido, eu não. Ele é exigente com absolutamente tudo, eu sou bem mais tranquila. Ele sabe ouvir, eu não. Ele não tem paciência, eu tenho. Ele não tem cabelo nas ventas, eu tenho. Ele tem disposição, eu não! Ele gosta de aventuras e eu não. Ele tem um sorriso lindo, que só ele não vê.

Eu sou sonhadora e ele...bom ...ele é tão sonhador quanto eu ou mais! E isso é uma delícia! Ele jamais me puxa de volta à terra. Ele dá asas à minha imaginação e me faz acreditar que, juntos, somos capazes de tudo!

Ele merece um FELIZ DIA DOS PAIS dito com gosto. E Manuela lhe diz isso diariamente através de seus olhos expressivos.

Nós duas estaremos sempre ao seu lado, tentando fazer com que você seja cada vez mais feliz! Nós te amamos muito! Muito mesmo!

Este ano é também o primeiro dia dos pais do meu cunhado, de quem a cada ano gosto mais, admiro mais e tenho como amigo. Ronaldo será um paizão. Seu jeito atencioso, carinhoso e preocupado fará da Cecília uma menina muito feliz! Tenho muito orgulho de ter você em minha família! Obrigada por tudo e, principalmente, por fazer minha irmã feliz!

Feliz dia dos pais ao meu sogro, sempre presente, disposto a nos ajudar e um avô que merece um babador do tamanho dele! E olha que ele não é baixinho! Muito obrigada.


Feliz dia dos pais a todos aqueles que amam seus filhos e lutam, diariamente, para que sejam sempre pessoas do bem! 




quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ciça chegou!

De segunda para terça, foi difícil dormir. Coração acelerado e cabeça a mil. Afinal, dia seis não seria um dia como outro qualquer.
Pensava na minha irmã entrando no centro cirúrgico, na minha sobrinha nascendo e eu, em frente ao berçário, esperando para recepciona-las. Passivo demais. Quando o assunto são os meus amores, gosto de estar junto. Segurando a mão, olhando nos olhos, ouvindo a voz.
Minha irmã é mais sensível que eu, mais (frouxa) medrosa que eu. Fiquei apreensiva, com medo que, de alguma forma, sofresse mais do que deveria.
Escondendo a ansiedade, eu estava agitadíssima. E Manu também. Parecia que sabia da importância do dia. Sabia que mais um presente chegava em nossas vidas.
Ao chegar na maternidade e encontrar minha irmã, não resisti e chorei. Era emoção demais. Era a minha irmã ali. Há poucos momentos de ser mãe.
A MINHA irmã.
A minha IRMÃ.
A MINHA IRMÃ.
Entenderam isso?
Eu não sei com vocês, mas por aqui, essas palavras têm  força e significado.
A Paula é muito minha! Somos amigas, cúmplices, confidentes. Nos entendemos com olhares, com coração. Nos identificamos e nos conhecemos. Nos protegemos. Nos defendemos.
Nosso laço é sanguíneo, físico, familiar. Mas é, sobretudo, de coração, de alma, espiritual.
Sabemos que temos uma a outra. Não nos comparamos. Não disputamos. Não há ciúmes ou brigas por espaço.
Mas amor há de sobra.
Por tudo isso é que ontem eu estava entregue ao momento, pedindo a Deus que a protegesse e que trouxesse ao mundo minha sobrinha-afilhada-filha com saúde.
Achei que estavam demorando demais. Comecei a rezar.
Vi uma paciente na maca e tive a certeza de que era ela. Chamei meu pai que não conseguia reconhecer. Mas eu tinha certeza. Mesmo com minhas miopia, sabia que era ela. Não preciso de muito para sentir sua presença.
E de fato, era minha irmã.
Marido nos chamou. Meu cunhado, minha mãe e a pediatra chegavam ao berçário com um pacotinho.
Chorei. Chorei muito.
Desculpem a repetição, mas a MINHA IRMÃ era mãe. A MINHA IRMÃ era mais feliz agora. E a felicidade dela é a minha.
Cecília, de olhos arregalados, vermelhinha, cabeludinha, gordinha e miudinha chegou ao vidro. Que emoção. Como é linda! Como é amada e privilegiada.
Assim como a Manu, chegou em uma família unida, parceira, companheira e que transborda amor.
Irmã,  prometo continuar ao seu lado, amando nossas princesas e fazendo de tudo para que as duas sejam felizes e se amem, como irmãs que são! Que você tenha certeza de que eu e marido faremos jus ao cargo de padrinhos e contribuiremos com todo amor que há em nós.
 Amo minha família e sou muito grata a Deus por me proporcionar tanta alegria.
Que Ele abençoe nossas pequenas e que suas vidas sejam leves e coloridas e que nós saibamos retribuir todas essas bênçãos que nos têm sido dadas.
Felicidade é nosso nome!
Bem-vinda, Ciça!