quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Quem sabe amanhã?

Terça-Feira.

6:40. Acordo. Preparo o uniforme da filha. Agora, a mamadeira. 

Tentativa 1 de acordá-la.

Tentativa 2.

Tentativa 3.

7:00. Resmungando, abre os olhos e toma seu leite.

Não quer levantar. Diz:

- Não quero ir pra rua! Não quero ver Papai Noel!

Entendo. Sinal de que o ano está voando. Explico que não verá o bom velhinho. 

7:10. Coloco a filha no banho. A hora passando. Já estamos atrasadas.

Visto seu uniforme. Penteio seu cabelo. Está pronta. E linda. Muito linda, é claro!

Ajudo marido a arrumar sua roupa. Manuela acha a caixa de massinha. Mexe. Eu digo não.

Correndo, tomo um copo de leite, visto minha roupa. Disfarço a cara de sono e parto pra rua.

7:40. No colo, levo Manu pra creche. Na esquina, coloco no chão. Resmunga pra entrar. Hoje, não quer a tia Tati. Quer a tia Sarah. Ela entra. Eu saio.

8:00. Em casa, tomo banho. Correndo. De saída, de novo.

Ônibus Lotado. Calor.

9:30. Centro da cidade. Saara. Aquele calor duzinferno. Ajudando marido a resolver um problema.

Ônibus vazio. Mais calor.

Hortifruti. Frutas, legumes, verduras e, de novo, mais calor.

11:00. Casa. Umbigo no fogão. Mini tortilhas de legumes. Arroz integral. Frango grelh... Ops! Não dá mais tempo.

11:50. Hora de buscar a Manu. Suada. Descabelada.

Filha faz cocô. Banho. Mamadeira. Soninho.

Lavo a louça. Termino a comida. Mais louça na pia.

14:00. Hora de acordar a filha. 

Lanche. Suco de laranja e dois biscoitos integrais com requeijão.

16:00. Arrumo pra natação. Filha nadando. Eu, resolvendo problemas na creche.

Casa. Manu sem fralda. Xixi no chão. Banho rápido.

18:15. Janta. Filha resmunga. Eu insisto. Raspa o prato.

Manu suja. Mesinha suja. Chão sujo. Cozinha imunda.

Filha chora. Quer colo. Pode ser o calor.

Banho. Pijama.

19:30. Deitamos. Conto uma história. Não quer dormir. Quer Peppa.

Ih! Esqueci de almoçar. De novo.

20:30. Marido chega. Lanchamos.

22:00. Deitamos. Manu mama. Dormimos.

02:00. Acordo. Perco o sono.

Lembro da cozinha. Da minha sobrancelha por fazer. Da unha quebrada. Dos livros que tenho pra ler. Dos projetos pra tocar.

Melhor tentar dormir. Quem sabe amanhã?