Enfim, marcamos o batizado da Manuela. Acontecerá no dia 14
de abril.
No início, fui contra batizá-la, mas assumo que após
marcarmos a data, meu coração foi tomado por uma emoção enorme e estou
esperando, ansiosamente, pela cerimônia. Explico:
Religião para mim é coisa séria. Peraí, melhor!, fé para mim
é coisa séria. É íntima. É escolha. É identificação. É necessidade.
Há quem precise para ser feliz. Há quem não.
Veja bem: estou falando em precisar e em felicidade. Não
estou falando em obrigação, salvação e muito menos, caráter!
Eu pertenço ao grupo que precisa. Preciso acreditar que há
um Deus que me acompanha, me olha, me protege, me abençoa e puxa a minha orelha
quando piso na bola.
Preciso acordar todos os dias e me sentir espiritualmente
protegida. Preciso acreditar que quando morremos não acabamos. Preciso
acreditar que não estamos sós. Nunca. Jamais.
Preciso acreditar na efemeridade da vida terrena. Preciso
acreditar no homem, mas, sobretudo, no espírito. No bem. No amor. Numa força
maior. Na inexistência de coincidências.
Na minha vida, isso faz toda a diferença.
Mas, de novo, na minha vida! É uma escolha minha! E, por
mais que tenha sido criada dentro de um lar Cristão, nunca fui forçada a seguir
esta ou aquela religião. Ou qualquer religião. Sempre fui livre para seguir meu
coração.
E por isso, lido com o assunto com muita cautela e respeito.
Nas religiões, há dois grandes motivos para batizar alguém:
tirar-lhe o pecado ou a assunção de uma religião. Tanto que muitas não permitem
a cerimônia em crianças, uma vez que não estão, espontaneamente, abraçando a
crença.
Não acredito no primeiro motivo. Não mesmo. E não me acho
habilitada para escolher a religião da minha filha. Esta decisão cabe somente a
ela.
Claro que a fé que professo, de uma forma ou de outra,
interfere no modo que a educo. Ela está presente, acima de tudo, nos meus atos.
Não há como separar uma coisa da outra. Minha fé mora em mim e faz parte de
quem sou. O tempo todo.
Mas não posso, em hipótese alguma, obriga-la a segui-la. Ela
pode escolher acreditar em algo completamente diferente. Ou em nada!
Mais do que ensiná-la a seguir a minha crença, preciso
ensiná-la o amor, o respeito às diferenças, a solidariedade, a educação, a
caridade, o perdão, a alegria. Ela aprendendo isso, para mim, já será sucesso!
Agnóstica, ateia, católica, espírita, evangélica, budista, protestante...que
diferença fará??? Praticando o amor e a caridade, já me encherá de orgulho!
Porém, o marido quer batizá-la. E eu não acho justo privá-lo
disso. Se ele quer, faremos. E, pro isso, resolvi encarar toda esta
ritualística de uma forma diferente. Do meu jeito. Da forma que agrada mais meu
coração.
Estarei ali, em oração, colocando nas mãos Dele, meu bem
mais precioso. Agradecerei pela vida e pedirei proteção, demonstrando toda a
gratidão por ter a minha filha comigo, saudável e feliz.
Reforçarei meu compromisso em fazer dela uma pessoa digna,
bacana, que nos encherá de orgulho. Meu compromisso de ser uma boa mãe, de
ensiná-la coisas boas e de tentar ser, a cada dia, alguém melhor.
Aproveitarei a oportunidade para pedir bênçãos e força. Para
que Ele nunc a nos abandone. E, principalmente, para que cuide da minha
princesa. Que pegue nas mãos dela e não a deixe soltar. Que esteja sempre presente
nas horas difíceis, amenizando a sua dor. Que ilumine seus passos, irradiando
amor e sabedoria.
Dia 14 de abril, acima de tudo, expressarei publicamente
quão grata eu sou por Ele ter me proporcionado a maior das alegrias: ser mãe da
Manuela.
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Os padrinhos não poderiam ser outros: minha irmã e meu
cunhado. No sentido literal da função, não existe alguém que em nossa ausência amaria tanto a minha gordinha, do jeito que ela merece.
Tenho certeza de que nossa escolha foi acertada!
Filha, tenho muito orgulho de você.Tenho certeza que você saberá passar pra nossa princesa todo o senso de respeito, caridade, fé em Deus,
ResponderExcluire principalmente o amor ao próximo.É esse sentimento, ou seja, é a falta desse sentimento que nos afasta de Deus.Sei que a Manuela saberá absorver toda essa fé e dignidade que lhe é peculiar.Amo muito esse seu jeito de respeitar o limite dos outros e principalmente esse jeito de ver e sentir nosso Pai Maior. Que oxalá continue te iluminando, claro que a você e a sua nova família que estás construindo junto com seu marido. TE AMO!!!!!!!!!!!!
Que papai do céu continue cuidando e abençoando muito a sua princesa! :)
ResponderExcluirBeijos Bruna
Ter fé é acreditar! E quando acreditamos, podemos sempre mais. Uma criança criada entre pessoas que acreditam aprenderá a acreditar na vida e em si mesma. Que seja um dia de benção. Beijo! Gisa Hangai / www.maebacana.com.br
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