terça-feira, 30 de abril de 2013

Fala, mas não pega, né, filha?



Indo à festinha


Semaninha está sendo bem chata, regada a doses cavalares de crises existenciais. Mas, como a gente enverga e não quebra, não dá para ficar reclamando da vida nem chorando pelos cantos – o negócio é respirar fundo, colocar um sorriso no rosto e seguir caminhando.

Quinta, dia dois, Manu completa oito meses de pura bagunça e gostosura. A cada dia, mais deliciosa e ativa! Quanto mais radical a brincadeira, mais ela gosta. Chega a chora de rir a pessoinha. E eu rio junto, né? E choro junto também. Não aguento com tanta emoção.

Além disso, a danada é simpática. É só sair de casa para ela distribuir beijos e sorrisos às pessoas. Qualquer pessoa! O negócio dela é brincar! E com esse jeito, compra todo mundo. Ela tem um carisma que é uma coisa de louco.

Por outro lado, bem parecida comigo, não vai ao colo de qualquer um. Ela brinca, conversa, manda beijo, mas nada de ir pros braços de pessoas a quem não conhece. Precisa confiar para isso. É tipo “fala, mas não pega”, sabe? Principalmente se o lugar estiver cheio e várias pessoas começarem a mexer demais. Aí a gordinha fica danada da vida. Mostra toda sua indignação chorando aos berros.

Ontem mesmo, recebi a visita de uma amiga querida. De primeira, Manu já distribuiu sua simpatia. Mas foi só tentar pegá-la para o choro começar. No entanto, com o tempo foi se acostumando e, naturalmente, foi ao colo da nova tia e adorou! Divertiu-se à beça.

Sinceramente, gosto disso. Não por ciúmes nem posse, juro! Mas, com esse jeito, ela nos mostra que sabe bem quem são os “seus”. Nos mostra que nos reconhece e que confia na sua família. E, além do mais, ela brinca e interage com os outros. Só não se deixa levar!

É chato ver a frustração no rosto de alguns. Não vibro de alegria com isso. Porém, não acho que minha filha esteja errada. Na hora, converso, mostro que não tem problema ela ir e que eu estou ao seu lado. Mas, se ela não quer, não forço a barra.

Com a minha avó, por exemplo. No final de semana, estivemos juntas em uma festa infantil. Chegamos ao aniversário e havia várias pessoas desconhecidas para ela e a bisa tentou pegá-la. Claro que ela chorou. E claro que foi ruim ver minha avó frustrada. Mas, conhecendo minha gordinha, sabia que mais tarde ela iria. E foi! 

O negócio é saber respeitar o tempo dela!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Ainda nesse papo de carreira e maternidade


http://www.bdonline.co.uk/practice-and-it/working-mothers-can-be-an-asset-to-your-practice/3085198.article


Ontem, compartilhei no Facebook um texto do Minha Mãe Que Disse, escrito pela Lia, autora do blog Um, Dois, Três, saco de farinha, que causou um certo reboliço entre as mulheres e até email sobre ele recebi. Legal quando isso acontece, né?

O texto, chamado “Na fogueira dos sutiãs, ficaram muitos corações”, é, no mínimo, contestador. Nele, a Lia, que é mãe de três filhos, conta sobre a necessidade que sentiu de abrir mão da carreira – pelo menos, parcialmente – em prol da educação dos filhos.

Por conta da repercussão, achei por bem dar aqui o meu depoimento, compartilhando A MINHA modesta opinião – pessoal e intransferível – sobre o assunto.

Em primeiro lugar, há algo que acredito ser ponto pacífico: cada família tem a sua engrenagem e funciona a sua maneira. Não há fórmulas nem regras. Impossível achar duas iguais por aí! E, por isso, não há certo e errado – ainda bem!

Isto posto, e a quem interessar, vamos ao meu ponto de vista!

Dinheiro é bom. Eu curto e acho bacana. Principalmente, em grandes quantidades! Pena que aqui ele nunca aparece em abundância...

Ter sua própria renda e poder decidir o que fazer dela sem se submeter ao jugo e à boa vontade de alguém é maravilhoso, mas acima de tudo, libertador. E, convenhamos!, liberdade #todasadora – ou, pelo menos, quase todas!

Além disso, tem a realização profissional! Não há como esquecê-la... Muito bom exercer uma atividade que lhe remunera em prazer e dindin! Sei que é!

Mas aí chegam os filhos, e, com eles, o maior amor do mundo. Chegam também a vontade de tê-los por perto, de fazer o melhor e de vê-los crescer. Nos primeiros três meses, quebramos a cabeça, nos desdobramos, sofremos com as cólicas intermináveis e tentamos achar o nosso rumo. E quando finalmente o encontramos, quando tudo está quase perfeito, sob controle, a licença maternidade acaba. E o coração da mãe é impiedosamente destroçado. Cortado em pedacinhos.

Apesar do desejo e do instinto de cuidar mais tempo da cria, a necessidade não permite. É preciso voltar a trabalhar e contribuir financeiramente com a família.

Não tem jeito. Voltar à labuta é essencial para prover (principalmente!), para se realizar, e para ser bonito, pois, afinal, é preciso fazer jus às mulheres que, num passado recente, tanto batalharam por espaço no mercado de trabalho. Hoje, ser mãe em tempo integral soa cafona, antiquado e inútil.

Eu, honestamente, não tenho vontade de passar a vida sendo só mãe, apesar de ser, sim, a minha grande paixão e realização. Tenho certeza de que cuidar da Manu é o que faço melhor e com mais prazer.

Porém, eu gostaria de conduzir harmonicamente – e no momento certo – as duas atividades. Exercer uma profissão que me desse condições de cuidar DIREITO da baixinha, com um horário super flexível, e ainda me permitisse sustentar as minhas contas e caprichos. Mas acho que é pedir demais pra esse mundo cinza...

Eu, infelizmente, acho torto aquele discurso de que o que importa é a qualidade e não a quantidade (ouço pedras?). Desculpa, mas sou dessas que acha que ele foi criado para justificar a nossa inevitável ausência. Claro que só estar fisicamente presente não adianta e  que a qualidade é fundamental. Mas a presença – corpo, alma e atenção -, a meu ver, é importantíssima. Perfeito seria poder unir as duas!

Mas, lamentavelmente, é privilégio da minoria e as instituições integrais são, muitas vezes, a única alternativa para tapar esse buraco. No entanto, mesmo tendo de render-me a elas futuramente, eu não curto a ideia. Não, não, não e não.

Acredito que nossos filhos precisam de nós. Do nosso olhar. Da nossa presença. Do não na hora exata. Do abraço. Do beijo.

Já que não dá, a gente rebola, faz malabarismo e empilha prato, para, no final, tudo funcionar da melhor forma possível.

E nós conseguimos! Com muito amor, mas de formas diferentes, nós nos adequamos à infindável batalha entre carreira e maternidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Aperta o Pause!

http://mfcmamonas.no.comunidades.net/index.php?pagina=1084606965_28

Aderimos à campanha e levamos Manu para vacinar contra a gripe. Atenção redobrada para a possibilidade de ela gripar nos próximos dias...chato, né? Agora é esperar para ver...

Por conta do meu eterno repouso, fiquei arrasada por não poder pegá-la no colo depois da tortura, mas ela está cada dia mais princesa e, tão mocinha, quase nem chorou. Nem parece mais aquele bebê que se esgoelava depois de uma “mordidinha de mosquito”.

E por falar em “nem parece mais aquele bebê”...

Li no blog da Dani, o Viagens de Primeira Viagem, que o crescimento de um filho é tão rápido que parece acontecer em FF (fast forward do vídeo cassete). Pois bem! É exatamente assim que estou me sentindo.

Está tudo rápido demais, gente! Meu bebezinho cabeludo e inchado deu lugar a uma delícia espevitada, beijoqueira e carinhosa!

A última façanha da gordinha aconteceu ontem: ficou em pé sozinha! Com 7 meses e 21 dias, toda-toda, apoiou-se no braço da poltrona da vovó e levantou-se. Uma. Duas. Três vezes. Na quarta, o movimento foi tão certinho e rápido que parecia que fazia aquilo há anos e anos. Pode isso, meu povo?

Manuela mal engatinha! Na verdade, para ela, o barato mesmo é rastejar. De preferência, de ré. Esfrega-se pelo chão da casa toda, de costas! Às vezes, até se posiciona e acerta um passinho todo coordenado para frente. Mas não adianta! Ela curte rastejar pra trás. E, ainda assim, inventou essa de ficar de pé!

Peralá, mocinha! Devagar nessa história de crescer. A senhorita está indo rápido demais. Chama o gerente, que eu quero reclamar!

Lamentações à parte, é uma delícia acompanhar esse desenvolvimento tão explosivo! Vê-la aprendendo as pequenas coisas, interagindo, crescendo...é uma emoção que não cabe no peito.

Vê-la se interessar por bonecas, chamar as crianças, chorar de rir. Descobrir sua personalidade, sem pressa, sem expectativa, deixando-a se mostrar para nós, como realmente é. Mostrando-nos seus gostos, suas preferências.

Que fase encantadora...

Mas não precisava passar com tanta pressa, né?!

Bem que eu gostaria que um mês durasse dois, três, quatro...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um pouco de tudo: O Repouso, Minha mãe e Preconceito

http://mensagensdanet.blogspot.com.br/2012/10/frases-de-clarice-lispectorpoemas-de_7141.html



E o repouso continua...

Está chato, monótono, desagradável, mas, pelo menos, indolor! Estou no lucro e não posso reclamar, né?

Ainda não posso cuidar da gordinha e até das fraldas de cocô tenho sentido falta. Mas confesso que às vezes roubo no jogo, pego no colo e agarro, agarro, agarro...Até a pereba doer e eu lembrar que estou fazendo tudo errado!

Infelizmente, nesses dias, Manu não tem se alimentado direito. Nem mamadeira, nem comidinha, nem frutinha...Justo agora que estamos nos esforçando para que ela pegue mais peso.

Talvez esteja sentindo minha falta. Talvez sejam os dentes querendo sair. Não sabemos.

Pelo menos, ela está sob os cuidados de quem eu mais confio no mundo: mamys! Quem lê o blog sabe o quanto a amo e a admiro. E Manu também - seus olhos brilham quando vê minha mãe. Dobra a risada, pede colo, manda beijo, denga, faz carinho e briga se vovó demora a pegar.

Além disso, minha mãe é extremamente agitada e dá conta do recado melhor que ninguém. Tem um pique inesgotável para a neta e aguenta o rojão sem reclamar.

Daqui a poucos meses, terá mais uma netinha para cuidar e dar seu imenso amor. Manu e Ciça têm sorte de ter essa avó com pilha Duracel recarregável! É garantia de bagunça que não acaba mais!

Sexta, irei ao médico. Tomara que ele me libere para voltar à maternagem!

*****************************************************************************
Coincidências da vida...

Comecei o último post falando sobre minha língua afiada e a vontade de contestar gente ignorante, mas não me aprofundei no assunto...

Uma das coisas que li que me deixou em cólicas foi um textinho do facebook, supostamente, a favor da família e contra homossexuais. A pessoa, embebida em puro preconceito, se escondia, prepotentemente, atrás da palavra de Deus para ofender cidadãos que, simplesmente, amam.

Para piorar, a mesma pessoa, com algum problema de interpretação, dizia que apoiar gays era apoiar a extinção da raça humana. Oi?

Eu não entendo. E, dificilmente, entenderei. Reclamamos tanto da falta de amor, de compaixão, de respeito entre as pessoas e tentamos coibir duas pessoas de viverem se amando? Em defesa da família?

De que família? Certamente, não é da minha. Aqui em casa, tamanha ignorância não entra.

Sinto muita vergonha de pessoas que criam seus filhos com textos cafonas e atitudes preconceituosas.

E aí que o mesmo facebook me mostrou, na mesma semana, a seguinte notícia:

Na última quinta, dia 18, o Tribunal de Justiça aqui do Rio aprovou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Pronto! Ainda há esperança! Que um dia os rótulos não valham de nada, que as pessoas tomem conta de suas vidas, olhem para os próprios umbigos e deixem os outros serem felizes! Sem julgamentos e sem pedras atiradas!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A cirurgia e a dor no peito

Fonte: www.agetec.com.br

Escrever hoje não está fácil. Primeiro, por conta de uma microcirurgia bem dolorida pela qual passei ontem e que me exige, nada menos, que quinze dias de repouso. Depois, em razão da minha língua, que não precisou passar por nenhum procedimento cirúrgico para ficar bem afiada.

Vi e li algumas coisas nos últimos dias que me deram muita vontade de escrever. Gente ignorante, ainda hoje, me tira do sério. Gente que posa de santa e não olha para o próprio rabo também.

No entanto, como a meta para o ano (e para a vida) é tentar ignorar os malucos e deixar que propaguem suas insanidades por aí sem que eu me irrite, preferi respirar fundo, contar até dez e escrever sobre o que realmente vale.

Pois bem. E o que vale nesse momento é a imensa dor que sinto. Não física, mas no peito, no estômago. Devido à cirurgia à qual fui submetida ontem, não posso, em hipótese alguma, pegar Manu no colo. Que coisa horrorosa, sofrida!

Chego perto dela a todo instante. Cheiro. Dengo. Brinco. Mas nada de colinho. Nada de dar banho. Nada de botar para dormir. Nada de dar leitinho. Nada de nada.

Todas as tarefas foram delegadas a minha mãe, que, com maestria, assume tudo: filha, neta e casa da filha. Sem ela, o caos estaria instalado. Na verdade, sem ela, ainda estaria no hospital, pois só fui liberada por ela ser enfermeira e amiga do cirurgião.

Para quem não sabe, ela é a Mulher-Maravilha! Em carne, osso e cabelo Joãozinho! É impressionante como consegue dar conta de tudo, sempre com um sorriso largo no rosto, uma boa música no rádio e palavras de incentivo! É um baita privilégio tê-la como mãe.

Marido também está sendo um parceirão. Ficou comigo no hospital e, como eu já imaginava, tem um incrível dom anestésico. Seu carinho acalma e me faz ter certeza de que já já tudo estará de novo no eixo.

A verdade é que a família toda está unida para a minha recuperação. Meu pai e minha irmã, como sempre, estão presentes na torcida e no auxílio. É uma bênção tê-los por perto.

Mas, infelizmente, a maior dor ninguém ameniza. Sei que podia ser pior, que eu podia estar internada. Sei, ainda, que meu problema é mínimo perto de outras pessoas tão sofridas. Mas dói. É ruim. E isso eu não tenho como negar.

Serão quinze dias sem o maior prazer da minha vida: ser mãe. Sim. Eu sei que ela está ao meu lado, que a vejo a todo instante, sinto seu cheiro, beijo e abraço. Mas sinto falta de cuidar. Meter a mão na massa. De vê-la brigando contra o sono e, de repente, seus olhinhos começarem a fechar no meu colo. Respirando. Suspirando.

De pegá-la nos braços e sair correndo pela casa, fazendo muita bagunça. De coloca-la nos meus ombros e ouvi-la gargalhar. De dançar as músicas da Galinha Pintadinha e da Palavra Cantada. De curtir tudo ao lado dela. De terminar o dia exausta!

Pelo menos, agora faltam 14 dias para tudo voltar ao normal...

Filha, quando eu ficar boa, você não me escapa! 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Batizado


Enfim, o batizado!

Manu linda, claro! Família e amigos reunidos. Todos ansiosos para ver a estrela do dia, mandando beijos e distribuindo sorrisos e tchaus de alegria.

Já na Igreja, a baixinha não parava. Sentada com os pais e padrinhos, se divertiu bastante. Riu, gritou, pulou e mandou os tão esperados beijos. Os padrinhos e algumas crianças foram agraciadas com os gestos de carinho e felicidade.

Tudo lindo. Tudo caminhando bem.

Até que um senhor miudinho, uma espécie de careca-descabelado, com quase a mesma quantidade de dentes que ela, mais conhecido como Padre, chegou perto.

Com cara feia, a gordinha pôs-se a resmungar.

E era só o começo. Foi uma romaria de choro.

A gordinha me desmentiu na frente de todos. Eu, que sempre orgulhosa, estufo o peito para dizer que depois do desesperador primeiro mês, Manuela quase não chora, fiquei com a cara no chão!
Na hora de deitá-la para molhar sua cabecinha, chorou em desespero. A primeira criança a chorar, inclusive. Talvez a única. Não lembro.

A gordinha berrou. Gritou. Ficou vermelha. Magoada, fez beicinho. Seu rosto falava: “Dindinha, por que fez isso com a Manu?”. Eu quase pude ouvir. Minha irmã também.

A partir de então, o pobre do Padre não podia mais chegar perto que o choro começava. Os sorrisos se transformavam, rapidamente, em expressão de pânico.

Fim da cerimônia. Simbora pra festinha. Lá, com pessoas queridas, após comer, tudo se acalmaria.

Ledo engano.

Manu não aproveitou nada. Nadinha. Não distribuiu sorrisos, nem beijos, nem tchaus. Apenas choros.
Não foi no colo de praticamente ninguém. E só tirou foto com aquele grupinho de pessoas ao qual está acostumada. E olhe lá.

Queria tanto ter fotos dela com as pessoas que estavam lá...Mas não deu. Fica pra próxima. Ou pro segundo filho...

Mas foi só ficar sozinha com ela, pra danada bagunçar tudo e retomar aquele bom humor que lhe é 
peculiar. Em casa, a história foi diferente. Curtiu seus presentes. Nos curtiu e apagou.

Mais uma vez, justo! Afinal, como culpa-la de querer estar perto apenas de rostos conhecidos. Muito pequena para entender. Ela ainda tem bastante tempo para se acostumar aos outros rostos e aprender que pode bagunçar com todo mundo junto.

As fotos sorridentes!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sobre angu, fígado de galinha e tchaus


Semana de correria (jura?) por conta dos preparativos do batizado, que já é domingo. Será tudo bem simples, pois a ideia é gastar com o aniversário de um ano. A maluca aqui já tem até uma planilha com tudo o que quer para o primeiro aninho da gordinha!

Gordinha que não está gordinha, aliás. Fomos à pediatra na quarta, e vimos que Manu não ganhou peso este mês. Mas também não perdeu. E cresceu dois centímetros. A silhueta da modelo agora é dotada de sessenta e nove centímetros e sete quilos e quatrocentos e vinte gramas. Muito modelete ela!

Acontece que não é bem assim que a banda toca e ela tem de engordar, né? Não precisa virar bolinha, mas precisa para crescer (ou não!). Por isso, a rotina da comida está intensa por aqui. Praticamente, estou vivendo para preparar os pratinhos. O bom é que ela aceita bem as papinhas. Todas elas. Estamos, apenas, aumentando suas sustâncias. Por ser muito ativa (e quando eu digo “muito”, lê-se: MUI-TO-MES-MO!), gasta muita energia, precisando, então, de um pouco mais de caloria.

Então, carboidrato nela!

Ontem, por exemplo, ela comeu angu com fígado de galinha (écati, écati, écati...ad infinitum). E não é que curtiu? Comeu um prato de respeito, mandando muitos beijinhos de alegria.

(Oi? Alegria? Em comer fígado? E de galinha? Cê-jura, Manuela?)

Enfim...

A pediatra pediu, também, para oferecer-lhe um pouco de abacate, cuja aceitação não foi das melhores. Banana, laranja, mamão, melancia, manga, pera, uva...curtiu tudo! Menos o pobre do abacate...#comofaz?

A outra novidade é que, além de beijoqueira, a baixinha virou uma tchauzeira! Dá tchau pra tudo e pra todos. Papai, mamãe, vovó, televisão (ligada ou não), Galinha Pintadinha, Palavra Cantada, Angelina Balerina, porteiro...Todos ganham seu desenfreado tchau.

A coisa é intensa e frenética, gente! E às vezes, ela erra na mão e acerta a testa, como se estivesse batendo continência! Uma coisa fofa de se ver! Ela liga na tomada e o bracinho não para mais. Nunca mais. Vai e volta. Vai e volta. Vai e volta. É a delicinha das delicinhas!

E por hoje é isso! Aproveitar o soninho dela para descansar também!

Hasta!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A realidade me pegou pelo pé!


Provavelmente não estou certa, mas desde a gravidez tento blindar a minha família do mundo real. Do universo cinza que insiste em predominar lá fora. Por medo, principalmente, de criar uma paranoia e não viver.

O lema é: da porta para dentro, o amor e a alegria ditam as regras.

Sei muito bem que a realidade é dura e que a humanidade é portadora de males difíceis de curar. Violência, pobreza, corrupção...Está tudo aí, às vistas de todos. Entretanto, eu insistia em não vê-la, empurrá-la para debaixo do tapete para que minha princesa não a experimentasse.

Mas no final de semana, um choque de realidade sacudiu minha cabeça, mexeu com toda minha estrutura e me fez repensar e reavaliar minha conduta. Afinal, não há bolha que um dia não estoure! Não poderia mantê-la nessa redoma por muito mais tempo.

Sábado foi o dia do curso de batismo. Manu será batizada numa Igreja que tem como público principal uma comunidade carente: do Andaraí.

No dia da palestra, o voluntário fez uma espécie de dinâmica com os adultos presentes. Separou-nos em seis grupos e cada um deveria ler um texto e responder duas perguntas. Cada grupo deveria eleger alguém para reunir as respostas e lê-las para todos.

O meu era o 1. Nele, havia 7 pessoas: 4 mulheres e 3 homens. O voluntário pediu a um dos homens que fosse o responsável, mas ele não esboçou qualquer reação além de alguns “Oi?” , “Hãn?”. Então o senhor pediu a mim, que aceitei (Certeza de que isso sobraria para mim! Atraio!).

Textos em mãos, devidamente distribuídos. Li. Esperei mais um pouco e perguntei se todos haviam lido. E das outras 6 pessoas presentes, 4 me responderam que não sabiam ler.

Sim, 4!

4 de 7.

57%.

Meu queixo caiu. De tola que sou, mas caiu. Meu coração doeu, apertou. Pois, mesmo sendo essa uma realidade a qual vivencio há muito tempo, há pelo menos um ano a mantinha longe de mim. Não queria ver. Não queria pensar que é nesse mundo que coloquei minha gordinha. Que esse mundo ainda existe.

Pedi desculpas. Agi com naturalidade e disse que não havia qualquer problema naquilo. Leria o texto em voz alta, explicaria e bateríamos um papo depois. E assim foi. Houve dificuldade em entender a passagem Bíblica, mais ainda em responder as perguntas. Mas, com jeitinho, todos contribuíram igualmente para a resposta final.

Não é de hoje que desejo voluntariar em algum projeto. E sempre disse que quando tivesse um filho, ainda pequeno, o carregaria comigo para praticar a caridade, como fazia minha mãe. Planejava levar a Manu depois dos 4 anos para levar alegria a quem precisa. Mas, depois dessa, senti uma necessidade enorme em não esperar. Em ir logo. Uma urgência de agir. Quando a baixinha puder, irá comigo. 

Enquanto não é possível, marido sugeriu ficar com ela para eu me dedicar. Curti e começo a pensar mais seriamente no assunto.

A vontade foi ainda maior de atuar naquela Igreja, a poucos passos da minha casa. Mesmo não sendo católica, há ali (e em todas as outras, acredito eu!) um atendimento belíssimo à comunidade. Para dar um exemplo: a creche conta hoje com 126 crianças carentes. Um número bastante significativo de mães que precisam, como a maioria de nós, deixar seus filhos aos cuidados dos outros para ganhar pouco dinheiro.

E tudo isso me fez pensar, mais uma vez, sobre exemplos. Sobre quem queremos que nossos filhos se tornem. Não que caiba a nós definir a personalidade deles. De jeito nenhum. Mas se queremos formar cidadãos conscientes, cheios de amor e boa vontade, temos, sim, de dar o exemplo!

Não quero que a Manu cresça fingindo não ver as desigualdades. Indiferente ao sofrimento dos outros. Não foi assim que eu cresci. Desde pequena, minha mãe levava a mim e minha irmã para ajudar pessoas carentes. Trabalho voluntário em creches, hospitais, festas beneficentes, tudo isso sempre fez parte da minha vida. Não seria justo agora, na minha vez de educar, alienar-me para poupá-la da inevitável realidade.

Por isso, conversarei bastante com o marido para vermos o melhor momento de colocar a mão na massa e servir. Sinto que é o momento e que tem amor que não acaba mais aqui dentro...

Imagem retirada de:
http://nitportalsocial.blogspot.com.br/2013/02/nit-portal-social-artigo-inscricoes.html#axzz2Pt8J1zv7

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Look do dia: Avental

Diazinho danado de cheio esse!


Apesar da incrível presença da minha mãe e da minha irmã aqui em casa me ajudando com a Manu e nos trazendo ainda mais alegria, estou morta. Com farofa.

Passei o dia picando legumes, cozinhando, fazendo sopa, arrumando cozinha. Em alguns momentos, via o caos na minha frente. Só um milagre daria jeito na louça, porque eu, A Enrolada, não daria! Mas, no final, até que tudo deu certo e consegui fazer o que queria. Porque aqui, missão dada é missão cumprida, Zeromeia!

Resultado: quatro sabores diferentes de papinhas para a Manu, separados em nove fofos potinhos, e cozinha limpa! Para mim que sempre fui uma negação como dona de casa, tudo isso foi uma grande façanha! Palmas, por favor!

No entanto, hoje foi atípico, pois, por estar enrolada com os preparativos finais do batizado, resolvi deixar  muitas comidinhas prontas para usar em caso de necessidade. Final de semana será super corrido e aproveitei a presença das mulheres da minha vida para deixar tudo nos conformes!

Como não é sempre que tenho essas presenças luxuosas, tenho como aliada uma maquininha de fazer papinhas, da Béaba. Apetrecho bastante útil, trazido de fora pela minha irmã, que me ajuda a preparar, diariamente, tudo bem fresquinho para a princesa.

Com a aparência de uma cafeteira, para pequenas quantidades, ela é uma mão na roda. Cozinha os alimentos em água ou a vapor e depois os tritura. Tudo no mesmo recipiente. É, pequena, rápida, prática e suja pouca louça. Suas lâminas não transformam os alimentos em sopa, mas em pedacinhos bem, bem, bem miudinhos, conforme recomendação da pediatra.

Hoje, ela só entrou em campo na hora de fazer uma papinha de frutas bem gostosinha: suco de laranja, pera, maçã, banana e biscoito de maisena - #agordinhapira!

Depois de todo o furdunço na cozinha, quando minha família partiu, coube a mim – óbvio! - domar a fera e fazê-la dormir. A baixinha mal aguentava os olhos abertos, mas não queria, de jeito nenhum, sossegar o faixo. Pra quê, se estava tudo tão divertido, né?!

Mamou e o soninho, enfim, venceu. Mas quem disse que ela largava o meu colo? Era só ameaçar coloca-la em algum outro lugar bem mais adequado e confortável, que ela abria o berreiro e gritava mais alto que vocalista de banda de Heavy Metak! Gogó de ouro dessa menina!

E a batalha durou quase uma hora, até que a baixinha apagou na minha cama. E eu vim junto. Estiquei as pernas, descansei e pensei em muitos assuntos legais para falar por aqui. Mas meu cérebro só me permitiu fazer este simples relato do meu, nada original, dia de mãe.

Agora é esperar a Manu acordar para lhe dar a janta, aguardar o marido para papear e, mais tarde, dormir de verdade! 

Até já, Morfeu!

Para terminar, uma foto do meu Babycook:


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Viva A Praticidade!


Futuramente – beeem futuramente -, se quando cogitar a possibilidade de um segundo filho, olharei para o enxoval de uma forma diferente: com menos emoção e mais praticidade!

Por conta da inexperiência, da empolgação e do excesso de romantismo da gravidez, acabamos por fazer escolhas que não se adequam ao nosso dia a dia. Prezamos pela beleza, pelo lúdico e deixamos de lado a prática, que é tão fundamental quando o assunto são os bebês.

No meio de alguns equívocos já detectados, um já foi selucionado: a bolsa do bebê!

Até duas semanas atrás, levava comigo uma bolsa normal, com a delicadeza que uma princesa merece, com alças que me permitiam duas formas de uso e com poucos compartimentos dentro dela. Além de ficar super enrolada quando saía sozinha com a Manu, ela dificultava uma organização coerente dos apetrechos que carregava. Roupa limpa, roupa suja, comida e fraldas deviam ser organizados em apenas dois espaços, por exemplo.

Foi aí que, fazendo um tour pela internet, descobri as mochilas da Fisher Price. Preço salgadinho, mas que fez valer cada centavo (né, mãe?)! Ela é o oposto da minha antiga, em todos os aspectos. Mudou minha a vida. Juro!

Para começar, é preta. É bruta. Nada menininha, nada fofinha. Perfeita para quem quer evitar sujeira!

É mochila! Carregá-la nas costas, dividindo o peso nos ombros e deixando as mãos livres é a maravilha das maravilhas. Não dirijo e, muitas vezes, saio sem maridón. Carregar Manu, sua bolsa e a minha exigia uma dose extra de talento e malabarismo. Não rolava para mim, e ainda me causava uma bela dor na coluna no fim do dia.

A terceira grande sacada da mochila é a quantidade de compartimentos pensados para as mamães! A minha possui 8 bolsos externos. Todos com mini etiquetas que sugerem o que deve ser guardado em cada um (chupeta, mamadeira, fraldas). Os melhores são, sem dúvida, o térmico para carregar mamadeira e o de lenço umedecido, que permite que o utilizemos sem nem abrir a bolsa. Excelente!

Para completar, ela vem com um trocador razoavelmente grande e é bastante espaçosa. Na parte interna, ainda conta com uma divisória e um bolso.

Não curto muito dar dicas, mas acho que essa vale à pena!

Eis a foto da dita cuja: