De segunda para terça, foi difícil dormir. Coração acelerado
e cabeça a mil. Afinal, dia seis não seria um dia como outro qualquer.
Pensava na minha irmã entrando no centro cirúrgico, na minha
sobrinha nascendo e eu, em frente ao berçário, esperando para recepciona-las.
Passivo demais. Quando o assunto são os meus amores, gosto de estar junto.
Segurando a mão, olhando nos olhos, ouvindo a voz.
Minha irmã é mais sensível que eu, mais (frouxa) medrosa que
eu. Fiquei apreensiva, com medo que, de alguma forma, sofresse mais do que
deveria.
Escondendo a ansiedade, eu estava agitadíssima. E Manu
também. Parecia que sabia da importância do dia. Sabia que mais um presente
chegava em nossas vidas.
Ao chegar na maternidade e encontrar minha irmã, não resisti
e chorei. Era emoção demais. Era a minha irmã ali. Há poucos momentos de ser
mãe.
A MINHA irmã.
A minha IRMÃ.
A MINHA IRMÃ.
Entenderam isso?
Eu não sei com vocês, mas por aqui, essas palavras têm força e significado.
A Paula é muito minha! Somos amigas, cúmplices, confidentes.
Nos entendemos com olhares, com coração. Nos identificamos e nos conhecemos.
Nos protegemos. Nos defendemos.
Nosso laço é sanguíneo, físico, familiar. Mas é, sobretudo,
de coração, de alma, espiritual.
Sabemos que temos uma a outra. Não nos comparamos. Não
disputamos. Não há ciúmes ou brigas por espaço.
Mas amor há de sobra.
Por tudo isso é que ontem eu estava entregue ao momento,
pedindo a Deus que a protegesse e que trouxesse ao mundo minha
sobrinha-afilhada-filha com saúde.
Achei que estavam demorando demais. Comecei a rezar.
Vi uma paciente na maca e tive a certeza de que era ela.
Chamei meu pai que não conseguia reconhecer. Mas eu tinha certeza. Mesmo com
minhas miopia, sabia que era ela. Não preciso de muito para sentir sua
presença.
E de fato, era minha irmã.
Marido nos chamou. Meu cunhado, minha mãe e a pediatra
chegavam ao berçário com um pacotinho.
Chorei. Chorei muito.
Desculpem a repetição, mas a MINHA IRMÃ era mãe. A MINHA
IRMÃ era mais feliz agora. E a felicidade dela é a minha.
Cecília, de olhos arregalados, vermelhinha, cabeludinha,
gordinha e miudinha chegou ao vidro. Que emoção. Como é linda! Como é amada e
privilegiada.
Assim como a Manu, chegou em uma família unida, parceira,
companheira e que transborda amor.
Irmã, prometo
continuar ao seu lado, amando nossas princesas e fazendo de tudo para que as
duas sejam felizes e se amem, como irmãs que são! Que você tenha certeza de que
eu e marido faremos jus ao cargo de padrinhos e contribuiremos com todo amor que
há em nós.
Amo minha família e
sou muito grata a Deus por me proporcionar tanta alegria.
Que Ele abençoe nossas pequenas e que suas vidas sejam leves
e coloridas e que nós saibamos retribuir todas essas bênçãos que nos têm sido
dadas.
Felicidade é nosso nome!
Bem-vinda, Ciça!
Obaaaa que feliz que a Ciça nasceu!
ResponderExcluirQue papai do céu abençoe vocês cada dia mais! Muitas, mas muitas felicidades mesmo!
Dá um beijão na Paula por mim? E oh fala para ela que quero conhecer a princesinha hein!
Um beijo enorme dinda! em vc e na Manu!
Bruna.
aaahhhhhh que amooooorrr arrepiei....
ResponderExcluirque Deus os abençoe sempre.
Muita saúde e felicidade para a família.
Seja bem-vinda Cecília!!!
Obrigada, Dani!
ExcluirJá já você passará por essa emoção e verá como é bom!
Ah! Não comentei seu último post. Mas sabe que tenho pensado MUITO sobre ele???? Muito mesmo! Depois te falo a razão!
Beijos
Sua relação com sua irmã me faz querer dar uma irmã pra Clara. Sério. Lindo.
ResponderExcluirParabéns! Saúde e muito, muito mais amor!
Beijos,
Carol.
Carol,
ExcluirVi seu comentário ontem, mas não tive tempo de responder. Fiquei pensando nisso que você disse e PRECISO te falar algumas coisas, que, talvez, rendam um post inteirinho!
Primeiro, nós brigamos,claro! Não há relacionamentos perfeitos. Normalmente por imaturidade minha, pq peguei uma roupa sem avisar, por exemplo. Mas NUNCA por espaço ou ciúmes. Nós NUNCA paramos de nos falar. Nem por 10 minutos. Muito em função da participação da minha mãe.
A nossa diferença de idade é de 4 anos e 9 meses e nós somos muitíssimo amigas. Ela e minha mãe são minhas melhores amigas.
Quando pequena demais, eu era seu bebê. Quando criança, ela nunca me rejeitou ou me excluiu. Quando eu tinha 13 e ela 17, começamos a ficar amigas de verdade. E assim somos até hoje.
Acho fundamental a participação dos pais nesse relacionamento.
Quero muito que Manu também tenha um irmão e veja como isso é fantástico. Irmãos são a primeira referência de alguém. É a primeira convivência em sociedade.
Bom...melhor eu escrever um post sobre o que penso sobre isso!
Beijos