Tive uma gravidez fisicamente perfeita, mas psicologicamente
instável. Meu humor era algo terrivelmente insuportável, assumo! Darth Vader
prenho. Vivia conflitos intermináveis e queria distância das pessoas. Uma
mistura bombástica de hormônios e cabeça fraca.
E quando aprecia alguém – porque sempre aparece – com os
comentários mais inoportunos sobre a minha barriga, o meu sono ou o meu futuro?
Quase pirava! Queria enforcar as infelizes criaturas que, ao invés de palavras
de apoio, insistiam em desencorajar a futura mamãe aqui.
Além disso, pouquíssimas pessoas podiam tocar em minha
barriga sem me causar algum desconforto. E o que falar sobre a ideia de mãos estranhas
segurando minha filha no colo? Só de pensar que ela poderia passar de mão em
mão, a pessoa aqui já enlouquecia.
Mas, como a natureza é muito mais sabida que nós, com o nascimento
da baixinha, uma certa dose de amadurecimento chegou, ao mesmo tempo em que
alguns hormônios se foram. Com isso, pude viver um dia após o outro, errando e
acertando, mas, acima de tudo, encontrando o nosso tom.
São quase 5 meses de aprendizado diário. Mas ainda que o
cansaço muitas vezes seja enorme, que as olheiras insistam em permanecer sob
meus olhos, faço tudo com alegria. Nunca nem resmunguei por acordar no meio da
madrugada – apesar de, em pensamento, diversas vezes, pedir só mais 5
minutinhos. Porém, quando o pedido não é aceito, levanto, sorrio e recebo minha
pequena nos braços, com uma satisfação que não cabe em mim.
Sei que nem tudo é cor de rosa. E que a maternidade não é
tão florida quanto os comerciais da Johnson & Johnson.
Verdade que nunca mais tive uma noite de sono tranquila. Mas
e daí? Verdade que me tornei a pessoa mais medrosa do planeta. Mas e daí?
Verdade que muitas vezes os dentes ficam se escovar e o banho só acontece
quando o marido chega do trabalho. Mas e daí? E daí que fico sem almoçar ou que
coma a comida já fria? Ou que no pós-parto tenha retido todo o líquido da Bacia
Amazônica e inchado feito uma porca?. Mas e daí? E daí? E daí?
E daí? Porque há tantas outras verdades que superam todas as
outras dificuldades...Juro!
Verdade que eu nunca
mais serei a mesma. Verdade que eu sou mais feliz porque a tenho comigo.
Verdade que não há cheiro mais gostoso que o dela – mesmo com inhaca de leite!
Verdade que um sorriso dela é capaz de transformar meu dia. Verdade que desejo
ser alguém melhor para vê-la crescer e lhe dar bons exemplos. Verdade que por
ela não o que eu não faça! E com prazer! Verdade que eu a amo mais que a mim...
E antes que eu me esqueça, verdade que não importa por
quantos colos ela passe, minha Manuela sempre voltará para o meu!
Apesar das inseguranças, isso é maternidade pura. Não vai haver pra ela, amor mais importante,mais pleno.Os medos serão eternos. A preocupação é diária, não importa a idade, o estado civil e a distância. Amor de mãe é assim, tudo muito intenso. Mas não tem dinheiro no muito que pague esses momentos de mãe e filhos.
ResponderExcluirParabéns pela maturidade que você está adquirindo, mesmo que você não percebe e pense que isso é medo ou hormônio que chegou junto com a condição de mãe.
Te amo!!!
Oi Linda!
ResponderExcluirQue lindo o seu blog !
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Nossa Pati que declaração linda, me emocionou de verdade! E tão dificil acompanharmos relatos como o seu, mostrando que realidade com a verdade que ela tem, que ser mãe tem todos os seus lados, mas que no final é uma delicia, saiba que você através dos seus depoimentos me encoraja muito, para um dia quem sabe, dar uma amiguinha ou amiguinho a Manu!
ResponderExcluirbeijos.