Ontem, descobri o que é doer o
peito de verdade. O motivo pode ser bobo. Pode ter sido a primeira de infinitas
vezes. Mas que meu peito doeu, ah doeu! E muito!
Acordamos bem. Felizes. Apenas um
resfriado chato que insistiu em me pegar.
Marido e gordinha na cama. Pedi
para que ele a olhasse e levantei para tomar meu remédio.
Como de praxe, liguei para minha
mãe para dar bom dia. E, em menos de um minuto, escuto Manu chorando muito e
marido, com uma voz bem esquisita, tentando consolá-la.
Desliguei o telefone e correndo
fui ao quarto. Gordinha, cheia de lágrimas, esticou os bracinhos pedindo mamãe.
Agarrei-a forte.
Marido avisou: ela caiu da cama.
...
Oi?
...
Meu peito doeu. Meu estômago
apertou. Eu apertei-a ainda mais forte. E gritei com o marido. Num primeiro momento,
culpei-o.
Ele, mais racional que eu, tratou
logo de pegar o gelo e procurar machucados pelo seu corpinho.
Enquanto eu, com os lábios sem
cor e lágrimas nos olhos, apenas a acalmava.
Com ela mais tranquila, pedi
desculpas ao marido. Não era para ter gritado com ele. Ele estava ali na hora,
mas podia ser eu. Manu é levada, agitada e bagunceira. É impossível evitar
todos os acidentes domésticos. Apesar de, ao mesmo tempo, termos o dever de
preveni-los. Todos eles. TO-DOS.
Liguei primeiro para minha mãe, chorando
muito. Ela tranquilizou-me e com a experiência de quem trabalha em duas UTIs
com bebês e crianças disse para observarmos os fatos antes de levarmo-la ao
hospital.
Depois do susto, Marido ficou bem
nervoso. Para acalma-lo, liguei para a pediatra que repetiu as instruções da
minha mãe.
No final das contas, foi só um
tombo que virou história pra contar. Um galo cantando na testa para registrar
suas infinitas bagunças.
Preciso mesmo acostumar-me com
essas coisas. Tenho de aprender que não dá para afastar-lhe todo mal e, muito
menos, ser infalível. Aliás, acho que esta é a questão mais complicada: admitir
que estou – ou estamos todas – longe da perfeição. Não sou a Mulher Maravilha e
não tenho superpoderes.
Por enquanto, o galo ainda canta
em sua testa e meu coração ainda dói aqui no peito.
Olha o galo ali, gente! |
Paty,criança é assim mesmo,cai mesmo. Não vai ficar só nesse. O bom é que vocês tiveram a conduta certa. Não precisa se desesperar. Procure ouvir quem tem experiência no assunto e comunique sempre a pediatra. Vocês estão de parabéns. Gostei de ver sua maturidade materna
ResponderExcluirPati, a gente se assusta mesmo, mas fique tranquila, outros tombos virão... fato. É triste, mas é a realidade.
ResponderExcluirA Laura não caiu muito, graças a Deus, mas toda criança cai, TODA!!!
À princípio, redobramos a atenção, pq ficamos neuróticas com o próximo tombo, mas vc verá... logo menos ela aproveitará toda a saúde fantástica que tem e te dará alguns sustos, mas nada sério.
Beijos grandes!
Oi, Pati, haja coração, né?! A gente fica nervosa mas é comum elas se arriscarem mesmo, não é culpa de ninguém... Ainda bem que foi só um galinho! bjo
ResponderExcluirOlá Pati td jóia, ainda n conhecia seu catinho e fiquei encantada, vou estar sempre por aqui...bjsss
ResponderExcluirwww.reinomae.com
Estou sentindo falta de você!!! Escreve,por favor!!!!
ResponderExcluirDeliciosa escritora.
ResponderExcluirPrimeiro de muitos!!! Normal !!! Ainda lembro da vez que a Aninha foi para no pronto socorro de olho roxo, pois se pendurou na cadeira que caiu em cima dela. Sai que nem um louco do trabalho e meu coração ficou apertado ao chegar no hospital e vê-la no quarto de olho inchado e de soro no pezinho! Mas depois ela caiu várias vezes teve muitos galos e diversos ralados nas pernas e olha que ela era bem calma e bem menos bagunceira que a Manu.
ResponderExcluirBeijos!