segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Adaptação - Dia 1

Hoje, finalmente, foi o dia de começarmos na escolinha. Mas antes de contar como foi, deixa eu voltar um pouquinho e falar sobre sexta-feira passada.

Dia 03, fomos eu, Manu e meu pai à escolinha para a reunião com a nutricionista. Enquanto eu conversava sobre a alimentação da baixinha, meu pai ficou do lado de fora com ela. Ouvindo o barulho das crianças, ela quis ir até elas, mas o avô, sem permissão, não o fez.

Um tempo depois, uma tia perguntou se ela queria ir até lá para brincar. Manuela, simpática como é, não hesitou. Quando a conversa com a nutricionista acabou, encontrei minha filha sentada no colo da tia, no meio das outras crianças, dançando e sorrindo. Quando me viu, abriu aquele sorriso gostoso e com aquela voz doce, me apresentou aos seus amigos: Mamãe! Chamei-a, mas ela não veio. Tive de pegá-la lá dentro. Sem problemas, sem choros.

Todos apostamos numa adaptação tranquila.

Esperta como é, já saiu de lá falando o nome da escola. Quando perguntada sobre o assunto, logo sorria e dizia : "Tati" (Tatibitati).

Depois de um final de semana viajando, dormindo tarde e sem rotina, chegou o dia de começarmos a adaptação, que seria de 9:00 às 10:00.

Manu acordou cedinho, tomou seu leite e comeu pão com requeijão. Quando saímos de casa, achei que estava um tanto sonolenta já.

Chegando lá, diferente de sexta-feira, ela não viu crianças. Viu uma tia, chegando à meia-idade, que veio chamá-la para brincar. 

OPS! Manu é muito simpática, mas não é dada. Ela não sai do meu colo assim tão fácil, por uma promessa de algo que ela não está vendo.

Pronto! Degringolou o negócio.

A tia, mesmo sob a negativa da baixinha, levou-a para ver as crianças que estavam no segundo andar. Eu fui atrás, mas ainda assim, ela não gostou. Chorou um pouco e nós fomos distraindo.

Fomos até a salinha dela e espalhamos muitos brinquedos. Quando ela estava bastante entretida, de fininho, eu saí.

Cinco minutos depois, foram me chamar. Manuela chorava chamando por mim. Desde então, eu fiquei ao lado dela e não saí mais. Consegui fazê-la brincar, mas não saía de perto de mim nem por um segundo. Segurava meu vestido e controlava até minha respiração. 

Eu não chorei nem fiquei triste. Claro que não é divertido ver seu filho chorar, mas eu sempre soube que essa era uma reação possível. E as tias falaram que ela foi super tranquila, que tem criança que chora MUITO mais. E eu acredito.

Colocá-la ali foi uma escolha consciente. Fiz por achar que será bom pra ela estar em contato com outras crianças e passar parte do dia brincando. Em algum momento isso teria de acontecer e eu sou privilegiada de poder escolher quando e por poder deixá-la apenas no período pedagógico, de quatro horas e meia.

Então, não há motivo para tristeza. Já já ela vai curtir muito seus novos amigos. Bastam calma, paciência, confiança e bom-humor que tudo se acerta!

Chegamos em casa e, como previa, ela estava cheia de sono. Dei um suquinho e em menos de dez minutos ela já dormia.Simples assim.

Segunda-feira sempre é o dia mais complicado, de mais dengo. Aliado ao sono e à forma como a tia a abordou, só podia dar nisso mesmo.

Mas eu, de verdade, achei tranquilo. Estou pronta para mais uma hora amanhã! Eu só preciso fazê-la confiar que eu estarei ali. Porque eu SEMPRE estou disponível pra minha princesa. Não importa a razão, a hora, o lugar, eu SEMPRE estarei com ela.


2 comentários:

  1. Isso aí Pati.
    Já te aviso logo. O dia mais tenso é aquele que vc deixa sua princesa e vai pra casa.
    Mas também passa.
    Beijo!

    ResponderExcluir
  2. Isso aí Pati.
    Já te aviso logo. O dia mais tenso é aquele que vc deixa sua princesa e vai pra casa.
    Mas também passa.
    Beijo!

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