sexta-feira, 15 de março de 2013

Manhêêêê! Porque eu também sou filha...



Eu, graças a Deus, não tenho do que reclamar. Manuela é super agitada, ligada no 220V mesmo, mas à noite, dorme que é uma beleza. Ô bebê bom de cama!

Durante o dia, tarefas ficam, invariavelmente, pendentes. Porém, minha princesa está sempre linda, limpa, cheirosa, bem alimentada e com as devidas vitaminas tomadas. O meu banho pode não acontecer, mas o dela é sagrado. E, raramente, é um banho só. Normalmente são dois. Ou três. Ou mais - depende da quantidade de cocô do dia!

Agora a baixinha come fruta duas vezes ao dia, almoça e janta. E eu...bem, eu tomo café com leite de manhã – graças ao maridón que, religiosamente e delicadamente não me deixa faltar -, e, com certeza, lancho à noite – mais um ponto para o maridón, que também é responsável por isso. O almoço varia. Às vezes dá, às vezes não. Às vezes é comida, às vezes, pão. Às vezes, biscoito. Às vezes – muitas vezes -, nada.

Mas, acreditem, ainda assim, me sinto muito feliz.

E isso não é porque faço o jogo do contente, como a Pollyanna. Nem por me sentir a mulher maravilha. Longe disso (e bota longe disso!).

A felicidade está sempre aqui porque, além de ser maravilhoso estar na companhia da minha baixinha, eu sei que quando o calo aperta bastam poucas frases para eu ter a ajuda da qual preciso. Primeiro, grito o marido. Depois, quando a coisa está muito feia, como boa filha que sou, grito MANHÊÊÊÊ! Peço socorro mesmo. E ela, gentilmente, dá um jeito e me salva. Não permitindo, jamais, que o caldo entorne.

Essa semana foi assim. Manuela andou não dormindo absolutamente nada durante o dia, fazendo com que não sobrasse um minutinho sequer para mim ou para a casa. Em um determinado momento, eu estava zerada, esgotada e sem bateria. Por isso, mãezinha amada veio passar uma noite aqui em casa.

Ficamos 24 horas juntas. Ela me ajudando muito. À noite, Manuela dormiu com a avó. E eu, com Morfeu. Apaguei legal. Dopei. Babei. Sono tão pesado que não ouvi o despertador tocar – ainda bem que não era eu quem precisava levantar!

Porém, de alguma forma, eu ainda estava ligada. Minha mãe disse que fui algumas vezes ao quarto da Manu para ver se estava tudo bem - Oi??? Agora resolvi ser sonâmbula??? Como assim?
Ok! Não importa! O importante é que dormi. Relaxei. Recarreguei as baterias.

Como seria bom se todas tivessem alguém a quem recorrer, como eu. É tão importante para que possamos seguir tranquilas, fortalecidas. Todas nós sentimos cansaço vez ou outra. Mas quando não temos como desopilar, o sentimento sufoca, desespera. Quantas não desenvolvem uma depressão pós parto também por este fator?

É preciso que reconheçamos o nosso cansaço e que, despidas de orgulho, assumamos que ele está nos vencendo. É legítimo. Digno. Humano. Faz bem para todos.

Eu amei ter minha mãe aqui. A companhia é sempre agradabilíssima, e a ajuda, preciosa. Manu também amou. E até chorou quando a vovó voltou para casa.

O bom é que nós duas sabemos que quando o calo aperta ou a saudade dói, basta um gritinho para que ela dê um jeito em seus plantões e corra para nos colocar no colo...

2 comentários:

  1. Minhas filhas e minhas netas sabem que podem contar comigo. Tenho o maior prazer em ajudar.Adoro saber que a Manuela já fica triste e chora quando vou embora. Não tem recompensa e felicidade maior.Faço por vocês qualquer coisa sempre temperada com muito amor!!!

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  2. Filha, vocês podem contar comigo sempre!!! Agradeço a Deus por vocês existirem. Agradeço ter saúde pra poder estar sempre ao lado de vocês. Essa alegria não tem preço.

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