segunda-feira, 22 de julho de 2013

Enquanto o galo canta, o coração chora

Ontem, descobri o que é doer o peito de verdade. O motivo pode ser bobo. Pode ter sido a primeira de infinitas vezes. Mas que meu peito doeu, ah doeu! E muito!

Acordamos bem. Felizes. Apenas um resfriado chato que insistiu em me pegar.

Marido e gordinha na cama. Pedi para que ele a olhasse e levantei para tomar meu remédio.

Como de praxe, liguei para minha mãe para dar bom dia. E, em menos de um minuto, escuto Manu chorando muito e marido, com uma voz bem esquisita, tentando consolá-la.

Desliguei o telefone e correndo fui ao quarto. Gordinha, cheia de lágrimas, esticou os bracinhos pedindo mamãe. Agarrei-a forte.

Marido avisou: ela caiu da cama.

...

Oi?

...

Meu peito doeu. Meu estômago apertou. Eu apertei-a ainda mais forte. E gritei com o marido. Num primeiro momento, culpei-o.

Ele, mais racional que eu, tratou logo de pegar o gelo e procurar machucados pelo seu corpinho.
Enquanto eu, com os lábios sem cor e lágrimas nos olhos, apenas a acalmava.

Com ela mais tranquila, pedi desculpas ao marido. Não era para ter gritado com ele. Ele estava ali na hora, mas podia ser eu. Manu é levada, agitada e bagunceira. É impossível evitar todos os acidentes domésticos. Apesar de, ao mesmo tempo, termos o dever de preveni-los. Todos eles. TO-DOS.

Liguei primeiro para minha mãe, chorando muito. Ela tranquilizou-me e com a experiência de quem trabalha em duas UTIs com bebês e crianças disse para observarmos os fatos antes de levarmo-la ao hospital.

Depois do susto, Marido ficou bem nervoso. Para acalma-lo, liguei para a pediatra que repetiu as instruções da minha mãe.

No final das contas, foi só um tombo que virou história pra contar. Um galo cantando na testa para registrar suas infinitas bagunças.

Preciso mesmo acostumar-me com essas coisas. Tenho de aprender que não dá para afastar-lhe todo mal e, muito menos, ser infalível. Aliás, acho que esta é a questão mais complicada: admitir que estou – ou estamos todas – longe da perfeição. Não sou a Mulher Maravilha e não tenho superpoderes.


Por enquanto, o galo ainda canta em sua testa e meu coração ainda dói aqui no peito.

Olha o galo ali, gente!

7 comentários:

  1. Paty,criança é assim mesmo,cai mesmo. Não vai ficar só nesse. O bom é que vocês tiveram a conduta certa. Não precisa se desesperar. Procure ouvir quem tem experiência no assunto e comunique sempre a pediatra. Vocês estão de parabéns. Gostei de ver sua maturidade materna

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  2. Pati, a gente se assusta mesmo, mas fique tranquila, outros tombos virão... fato. É triste, mas é a realidade.
    A Laura não caiu muito, graças a Deus, mas toda criança cai, TODA!!!

    À princípio, redobramos a atenção, pq ficamos neuróticas com o próximo tombo, mas vc verá... logo menos ela aproveitará toda a saúde fantástica que tem e te dará alguns sustos, mas nada sério.

    Beijos grandes!

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  3. Oi, Pati, haja coração, né?! A gente fica nervosa mas é comum elas se arriscarem mesmo, não é culpa de ninguém... Ainda bem que foi só um galinho! bjo

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  4. Olá Pati td jóia, ainda n conhecia seu catinho e fiquei encantada, vou estar sempre por aqui...bjsss

    www.reinomae.com

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  5. Estou sentindo falta de você!!! Escreve,por favor!!!!

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  6. Primeiro de muitos!!! Normal !!! Ainda lembro da vez que a Aninha foi para no pronto socorro de olho roxo, pois se pendurou na cadeira que caiu em cima dela. Sai que nem um louco do trabalho e meu coração ficou apertado ao chegar no hospital e vê-la no quarto de olho inchado e de soro no pezinho! Mas depois ela caiu várias vezes teve muitos galos e diversos ralados nas pernas e olha que ela era bem calma e bem menos bagunceira que a Manu.
    Beijos!

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