segunda-feira, 25 de março de 2013

Enfim, O Batizado


Enfim, marcamos o batizado da Manuela. Acontecerá no dia 14 de abril.

No início, fui contra batizá-la, mas assumo que após marcarmos a data, meu coração foi tomado por uma emoção enorme e estou esperando, ansiosamente, pela cerimônia. Explico:

Religião para mim é coisa séria. Peraí, melhor!, fé para mim é coisa séria. É íntima. É escolha. É identificação. É necessidade.

Há quem precise para ser feliz. Há quem não.

Veja bem: estou falando em precisar e em felicidade. Não estou falando em obrigação, salvação e muito menos, caráter!

Eu pertenço ao grupo que precisa. Preciso acreditar que há um Deus que me acompanha, me olha, me protege, me abençoa e puxa a minha orelha quando piso na bola.

Preciso acordar todos os dias e me sentir espiritualmente protegida. Preciso acreditar que quando morremos não acabamos. Preciso acreditar que não estamos sós. Nunca. Jamais.

Preciso acreditar na efemeridade da vida terrena. Preciso acreditar no homem, mas, sobretudo, no espírito. No bem. No amor. Numa força maior. Na inexistência de coincidências.

Na minha vida, isso faz toda a diferença.

Mas, de novo, na minha vida! É uma escolha minha! E, por mais que tenha sido criada dentro de um lar Cristão, nunca fui forçada a seguir esta ou aquela religião. Ou qualquer religião. Sempre fui livre para seguir meu coração.

E por isso, lido com o assunto com muita cautela e respeito.

Nas religiões, há dois grandes motivos para batizar alguém: tirar-lhe o pecado ou a assunção de uma religião. Tanto que muitas não permitem a cerimônia em crianças, uma vez que não estão, espontaneamente, abraçando a crença.

Não acredito no primeiro motivo. Não mesmo. E não me acho habilitada para escolher a religião da minha filha. Esta decisão cabe somente a ela.

Claro que a fé que professo, de uma forma ou de outra, interfere no modo que a educo. Ela está presente, acima de tudo, nos meus atos. Não há como separar uma coisa da outra. Minha fé mora em mim e faz parte de quem sou. O tempo todo.

Mas não posso, em hipótese alguma, obriga-la a segui-la. Ela pode escolher acreditar em algo completamente diferente. Ou em nada!

Mais do que ensiná-la a seguir a minha crença, preciso ensiná-la o amor, o respeito às diferenças, a solidariedade, a educação, a caridade, o perdão, a alegria. Ela aprendendo isso, para mim, já será sucesso! Agnóstica, ateia, católica, espírita, evangélica, budista, protestante...que diferença fará??? Praticando o amor e a caridade, já me encherá de orgulho!

Porém, o marido quer batizá-la. E eu não acho justo privá-lo disso. Se ele quer, faremos. E, pro isso, resolvi encarar toda esta ritualística de uma forma diferente. Do meu jeito. Da forma que agrada mais meu coração.

Estarei ali, em oração, colocando nas mãos Dele, meu bem mais precioso. Agradecerei pela vida e pedirei proteção, demonstrando toda a gratidão por ter a minha filha comigo, saudável e feliz.

Reforçarei meu compromisso em fazer dela uma pessoa digna, bacana, que nos encherá de orgulho. Meu compromisso de ser uma boa mãe, de ensiná-la coisas boas e de tentar ser, a cada dia, alguém melhor.

Aproveitarei a oportunidade para pedir bênçãos e força. Para que Ele nunc a nos abandone. E, principalmente, para que cuide da minha princesa. Que pegue nas mãos dela e não a deixe soltar. Que esteja sempre presente nas horas difíceis, amenizando a sua dor. Que ilumine seus passos, irradiando amor e sabedoria.

Dia 14 de abril, acima de tudo, expressarei publicamente quão grata eu sou por Ele ter me proporcionado a maior das alegrias: ser mãe da Manuela.

***************************************************************************
Os padrinhos não poderiam ser outros: minha irmã e meu cunhado. No sentido literal da função, não existe alguém que em nossa ausência amaria tanto a minha gordinha, do jeito que ela merece.
Tenho certeza de que nossa escolha foi acertada!

3 comentários:

  1. Filha, tenho muito orgulho de você.Tenho certeza que você saberá passar pra nossa princesa todo o senso de respeito, caridade, fé em Deus,
    e principalmente o amor ao próximo.É esse sentimento, ou seja, é a falta desse sentimento que nos afasta de Deus.Sei que a Manuela saberá absorver toda essa fé e dignidade que lhe é peculiar.Amo muito esse seu jeito de respeitar o limite dos outros e principalmente esse jeito de ver e sentir nosso Pai Maior. Que oxalá continue te iluminando, claro que a você e a sua nova família que estás construindo junto com seu marido. TE AMO!!!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir
  2. Que papai do céu continue cuidando e abençoando muito a sua princesa! :)
    Beijos Bruna

    ResponderExcluir
  3. Ter fé é acreditar! E quando acreditamos, podemos sempre mais. Uma criança criada entre pessoas que acreditam aprenderá a acreditar na vida e em si mesma. Que seja um dia de benção. Beijo! Gisa Hangai / www.maebacana.com.br

    ResponderExcluir