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Ontem, compartilhei no Facebook um texto do Minha
Mãe Que Disse, escrito pela Lia, autora do blog Um, Dois, Três, saco de farinha,
que causou um certo reboliço entre as mulheres e até email sobre ele recebi. Legal
quando isso acontece, né?
O texto, chamado “Na
fogueira dos sutiãs, ficaram muitos corações”, é, no mínimo, contestador.
Nele, a Lia, que é mãe de três filhos, conta sobre a necessidade que sentiu de
abrir mão da carreira – pelo menos, parcialmente – em prol da educação dos
filhos.
Por conta da repercussão, achei por bem dar aqui o meu
depoimento, compartilhando A MINHA modesta
opinião – pessoal e intransferível – sobre o assunto.
Em primeiro lugar, há algo que acredito ser ponto pacífico:
cada família tem a sua engrenagem e funciona a sua maneira. Não há fórmulas nem
regras. Impossível achar duas iguais por aí! E, por isso, não há certo e errado
– ainda bem!
Isto posto, e a quem interessar, vamos ao meu ponto de vista!
Dinheiro é bom. Eu curto e acho bacana. Principalmente, em
grandes quantidades! Pena que aqui ele nunca aparece em abundância...
Ter sua própria renda e poder decidir o que fazer dela sem
se submeter ao jugo e à boa vontade de alguém é maravilhoso, mas acima de tudo,
libertador. E, convenhamos!, liberdade #todasadora – ou, pelo menos, quase
todas!
Além disso, tem a realização profissional! Não há como esquecê-la...
Muito bom exercer uma atividade que lhe remunera em prazer e dindin! Sei que é!
Mas aí chegam os filhos, e, com eles, o maior amor do mundo.
Chegam também a vontade de tê-los por perto, de fazer o melhor e de vê-los
crescer. Nos primeiros três meses, quebramos a cabeça, nos desdobramos,
sofremos com as cólicas intermináveis e tentamos achar o nosso rumo. E quando
finalmente o encontramos, quando tudo está quase perfeito, sob controle, a
licença maternidade acaba. E o coração da mãe é impiedosamente destroçado.
Cortado em pedacinhos.
Apesar do desejo e do instinto de cuidar mais tempo da cria,
a necessidade não permite. É preciso voltar a trabalhar e contribuir
financeiramente com a família.
Não tem jeito. Voltar à labuta é essencial para prover
(principalmente!), para se realizar, e para ser bonito, pois, afinal, é preciso
fazer jus às mulheres que, num passado recente, tanto batalharam por espaço no
mercado de trabalho. Hoje, ser mãe em tempo integral soa cafona, antiquado e
inútil.
Eu, honestamente, não tenho vontade de passar a vida sendo só
mãe, apesar de ser, sim, a minha grande paixão e realização. Tenho certeza de
que cuidar da Manu é o que faço melhor e com mais prazer.
Porém, eu gostaria de conduzir harmonicamente – e no
momento certo – as duas atividades. Exercer uma profissão que me desse
condições de cuidar DIREITO da baixinha, com um horário super flexível,
e ainda me permitisse sustentar as minhas contas e caprichos. Mas acho que é
pedir demais pra esse mundo cinza...
Eu, infelizmente, acho torto aquele discurso de que o que
importa é a qualidade e não a quantidade (ouço pedras?). Desculpa, mas sou
dessas que acha que ele foi criado para justificar a nossa inevitável ausência.
Claro que só estar fisicamente presente não adianta e que a qualidade é fundamental. Mas a presença –
corpo, alma e atenção -, a meu ver, é importantíssima. Perfeito seria poder
unir as duas!
Mas, lamentavelmente, é privilégio da minoria e as instituições
integrais são, muitas vezes, a única alternativa para tapar esse buraco. No entanto, mesmo
tendo de render-me a elas futuramente, eu não curto a ideia. Não, não, não e não.
Acredito que nossos filhos precisam de nós. Do nosso olhar.
Da nossa presença. Do não na hora exata. Do abraço. Do beijo.
Já que não dá, a gente rebola, faz malabarismo e empilha
prato, para, no final, tudo funcionar da melhor forma possível.
E nós conseguimos! Com muito amor, mas de formas diferentes, nós nos adequamos à
infindável batalha entre carreira e maternidade.
A vida é assim mesmo. Temos que tomar decisões que vão doer no coração.Mas com amor tudo é possível. Tudo se resolve. Tenho certeza que você vai encontrar a melhor opção na educação da nossa pedra preciosa que é a Manuela.
ResponderExcluirEi Pati,, esse assunto é muito complicado... e acho q o mais complicado, para mim, é que não se há uma resposta ou conceito certo.
ResponderExcluirJa transitei muito entre as opções de nunca parar de trabalhar e de nunca mais voltar no meu trabalho... e no fim ainda não sai do lugar!!!
E a adequação que agente tanto sonha, uma hora deve chegar!
Acho que esse assunto rende muito trico!! rrsrs
(Ah.. acho o texto da Lia nos ajuda a dar uma repensada, uma mexida na cadeira, que é muito importante!)
Bj grande