sexta-feira, 24 de maio de 2013

"Bebê", cair, levantar

Já comentei outras vezes o quão agitada Manuela é. A baixinha não para e quer, a toda instante, muita bagunça. Ela tem pressa. Tem urgência. E a gente tem de embarcar na dela. Buscar energia de não sei onde e entrar na sua onda.

Agora que engatinha com total habilidade, quer fazê-lo cada vez mais rápido, desbravando a casa. 

Engatinha procurando todos os cotões que possam estar perdidos pelo chão. Tenta comê-los. Mamãe não deixa. Procura apoio para ficar em pé. Mexe no que não pode. E assim a nossa vida segue.

Ontem, resolvi cozinhar abóbora para misturar a sua comida. Prevendo certa dificuldade, cortei um pedaço pequeno. Suficiente para uma ou, no máximo, duas porções. Enquanto isso, com um olho no padre e outro na missa, deixei Manu na sala, se entretendo com os zilhões de brinquedos espalhados pelo chão.

Mas nada parecia mais interessante que tentar vir atrás da mamãe ou tentar ficar em pé no sofá. Cortava um pedaço de abóbora para, em seguida, tirá-la da cozinha e devolvê-la à sala.

Nessa brincadeira, muito tempo foi perdido. Quando, de repente, olho para a sala e a baixinha está lá, toda faceira, sentada de olho em mim. Linda e firme. Com seus olhos sempre vivos e brilhantes.

Resolveu que não bastava apenas me paquerar. Resolveu tossir para chamar minha atenção. Não colou. Ânsia de vômito. Nada. Até que resolveu bambear, bambear, bambear e, como em câmera lenta, antevendo uma bela batida de cucuruco no chão, a mãe sai desesperada da cozinha, enchendo a boca e gritando hollywoodianamente: 

NÃÃÃÃÃÃÃÃO!

De nada adiantou. O tombo foi mais rápido. A cabecinha bateu no chão. Mas não teve choro nem tristeza, apenas essa sua carinha deliciosa (e famosa) de desaprovação:


Nada fiz além de mordê-la.

Mas preciso anotar na agenda para não esquecer: crianças caem!

2 comentários:

  1. Crianças caem, se machucam ... e claro, não depende da nossa vontade, do nosso cuidado. Espere até a primeira mordida, o primeiro empurrão ou até a primeira vez que outra criança exclua sua filha de uma brincadeira. Vai doer ... mais em vc do que nela. É a vida! :/

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  2. Você ainda vai correr muito tentando ajudar. Mas os tombos são inevitáveis.Continue sendo essa mãe presente e carinhosa. Amor e carinho de mãe diminuiu a dor de qualquer tombo!!!

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